01/11/2009

Uma Lição de Vida


(O assunto relatado é verídico, porém os nomes dos personagens são fictícios.)

O médium Clayton, no início do seu desenvolvimento mediúnico teve muitas dificuldades, com as dúvidas que eram frequentes, que o perturbavam diariamente por não saber definir, se as comunicações do seu protetor amigo "preto velho", eram de fato espirituais ou se eram coisas da sua própria cabeça.
Ao se identificar, o preto velho disse ser: Pai Benedito das Almas.Ao termino da reunião Claytom duvidou da comunicação e pensou "preto velho Benedito tudo bem, mas das almas? nunca ouvi falar"
Na reunião seguinte, o humilde e meigo preto velho, com uma gargalhada debochada, deixou o seguinte recado ao médium:"Diz ao meu cavalo, para ser menos vaidoso e bem mais humilde, se ele duvida dele mesmo tudo bem, mas que tenha respeito e fé na espiritualidade.Não perco meu tempo com coisa séria se não acredita em mim, que faça pesquisa sobre eu, ou me abandona de vez."
Ao pesquisar o assunto, o médium constatou a veracidade da existência do bom velhinho, embora mediante do fato, ainda prosseguiu a sua caminhada espiritual cheio de dúvidas.
Benedito preto velho sábio, conhecedor da fragilidade do seu cavalo, certa ocasião chamou a esposa do médium e fez o seguinte pedido."filha, você e meu cavalo no tempo certo terão tudo que merecem, mas vou fazer um pedido a você."Benedito gosta muito de um casaco branco, você me dá um de presente?"
Fala ao meu cavalo para fazer uma pesquisa nestes aparelhos modernos,que ele vai me ver com o meu casaco branco.
Ao receber o recado, Clayton imediatamente foi á Internet fazer a tal pesquisa, para a sua decepção só encontrou a imagem do preto velho Benedito sem camisa.Tal fato causou frustração ao médium, levando-o, a pensar em abandonar aos trabalhos umbandistas.
Como o acaso não existe , Clayton recebeu um convite do seu irmão de fé conhecido como Horácio para assistirem uma reunião no Templo Espirita Tupyara na cidade do Rio de Janeiro RJ.Ao termino da reunião, Clayton percorreu as dependências da casa e deparou com uma lanchonete e aproveitou para fazer um lanche.Ao retornar, Clayton deparou com vários quadros em pintura e moldura de caboclos e preto velhos e para sua surpresa la estava ele, o amado preto velho Pai Benedito sentado no tronco, com o seu cachimbo na mão direita, de calça, camisa e casaco branco.Clayton não suportou a tamanha emoção e caiu em prantos diante da certeza, da existência do seu amigo e protetor preto velho Benedito.
Ao ser indagado do fato, Benedito foi firme em dizer "sou preto, sou analfabeto, mas não sou burro.Sempre fui amansados de burro xucro.Não seria um cavalinho pangaré que eu não conseguiria amansar e montar para fazer a caridade e aos filhos abençoar".
Finalizou Benedito com a sua famosa gargalhada.